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A doce, iriada melodia, roxa sombra na tarde escarlate, chorosa, ouço-a; bate e verte quentura na minha alma fria.
Quantos anos galgaram lépidos, furtivos, maldosos, sobre a minha cabeça! E não há tempo que, húmido, arrefeça a toada suave de tons tépidos.
Remédio para as minhas feridas, para os nervos pacífico brometo, quando eu seguir no caixão preto, entre velas e ladainhas.
Meus ouvidos tapados a algodão, hão-de ouvi-la, tal como nessa tarde, tão discreta, suave e sem alarde, sobrepondo-se ao cantochão...
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